terça-feira, agosto 17, 2010

Intimidade

Toda alcova em penumbra. Em desalinho o leito,

onde, nus, o meu corpo e o teu corpo, estirados,

na fadiga que vem do gozo satisfeito,

descansam do prazer, felizes, irmanados.

Tendo a minha cabeça encostada ao teu peito,

e, acariciando os meus cabelos desmanchados,

és tão meu... sou tão tua. Ainda sob o efeito

da louca embriaguez dos momentos passados.

Porém, na tua carne insaciável, ardente,

o desejo reacende, estua... e, de repente,

dos meus seios em flor beijas a rósea ponta...

E se unem outra vez a lúbrica bacante

do meu ser e o teu sexo impávido, possante,

na comunhão sensual das delícias sem conta...

Yde (Adelaide) Schloenbach Blumenschein

(Fonte: www.sonetos.com.br)

Nenhum comentário: